Normas essenciais para que as crianças convivam melhor
Um dos maiores desafios que uma criança experimenta ao iniciar sua escolarização é entender que a escola não é uma extensão de seu lar, que nela receberá o mesmo tratamento dado a 20 outras crianças como ela, e que, portanto, terá que aprender a fazer fila, esperar a sua vez, levantar a mão para falar e seguir muitas, muitas regras.
Quando um pequeno ingressa nos anos iniciais da educação, ou pré-escolar, o professor pode notar com muita facilidade se esse menino foi educado com regras e normas, ou se simplesmente o deixam fazer o que tem vontade, sem limites ou consequências.
As crianças do primeiro caso, as que foram educadas com limites, adaptam-se muitíssimo mais rápido, pois estão acostumadas a seguir instruções e acatar regras; enquanto que as que não tiveram esta oportunidade de aprender em casa, devem fazê-lo na escola confrontado, de uma só vez, uma experiência muito complicada, e de um dia para o outro.
Como pais, devemos entender e aceitar que as regras protegem e dão segurança
Não são um capricho e nunca devem ser uma forma de exercer autoridade injusta. Também não devem ser feitas para o conforto dos adultos, mas para o melhor convívio e desenvolvimento de toda a comunidade ou do ambiente.
Contrariamente ao que se pensa, as crianças e os adolescentes gostam da ordem e que as regras sejam claras e constantes. Precisamente na adolescência, as normas dadas em casa dão clareza ao que se espera deles, pois, os limites de conduta e ação são constantes, chegando a ser um farol em uma época e uma fase de vida tão instável.
Se seu filho está prestes a entrar na escola, você pode ajudá-lo a tornar seus processos de integração e socialização mais fáceis e suportáveis, levando a cabo em casa estas simples recomendações:
Se cometer um erro ou machucar alguém, peça desculpas
Reconhecer nossos erros, oferecer desculpas, perdoar e não procurar culpados, são coisas que se aprendem com o exemplo, tornam-se um hábito e tornam-se uma grande virtude.
As crianças devem vê-lo em ação antes de compreender sequer o que é cada coisa.
Os pais são os primeiros modeladores desses comportamentos. E lembre-se: a criança aprende mais observando-os do que as lições de moral que lhe possam dar.
Peça permissão para pegar um objeto que não é seu
Sempre que precisar de algo que pertence a alguém, tem que fazer a grande pergunta: você me empresta? Pode me emprestar? E esperar que nos deem uma resposta. Se concordar, devolver as coisas em bom estado, e se for um não, aceitá-lo sem maior problema.
Parece um processo muito longo, mas acredite, fazer tudo isso com seu filho lhe poupará problemas com outros colegas.
Levante sua mão para falar
Seja em uma conversa à mesa ou em uma reunião familiar, sempre será um bom hábito ser respeitoso e cordial com quem compartilhamos.
Ouça com atenção quando outra pessoa está falando
Esta é uma das regras mais complicadas de seguir entre crianças e adultos.
Espere sua vez
Se você só tem um filho, não o acostume a ser o primeiro a receber um serviço ou uma atenção; por exemplo, se for servir água, pode primeiro servir à mamãe, depois ao papai e, ao final, à criança; e em outra ocasião primeiro papai, depois mamãe, e ele no final. E assim ir variando.
De maneira simples, isso lhe ensinará a esperar, ter paciência e reconhecer que ele não é o foco da atenção de todos os que o rodeiam; se fizer isso em casa regularmente, seu filho não ficará ofendido nem se sentirá mal quando, na escola, não for o centro das atenções da professora.
Estabeleça uma rotina diária
Desde a hora de levantar, até que vá para a cama, você pode usar o relógio e uma série de atividades. Em sua mente serão criados uma estrutura e um ritmo que lhe permitirão sentir-se confortável quando entrar em contato com ritmo da escola e sua sala de aula.
Cumprimentar ao chegar e despedir-se ao sair
Não o obrigue a fazê-lo, faça você com prazer e alegria, então seu filho vai querer fazer também.
Não batemos, não gritamos
Uma regra de convivência fundamental na casa e na escola. Eduque com o diálogo, não com a violência.
Animais e plantas são respeitados como qualquer membro da família
É uma excelente ideia que sua criança tenha os dois em casa e seja responsável por eles, seja regar a planta ou escovar o cão; a responsabilidade e o cuidado vão de mãos dadas com o amor.
Cuido e recolho minhas coisas
Quando uma criança perde tudo na escola ou esquece constantemente as coisas, é a manifestação de uma mãe que faz tudo por ele ou que lhe resolve a vida a cada momento.
As crianças compreendem a importância do cuidado dos objetos quando percebem o que o objeto faz por elas. Exemplo, se esqueceu a lancheira, não terá lanche um dia, não lhe acontecerá nada, não morrerá de fome, mas muito seguramente aprenderá a lição.
Permita-lhe, na medida do possível, que experimente as consequências de seus atos
Pôr limites e regras a um filho é um ato de amor, pois o prepara para enfrentar o mundo por si mesmo. Não o fazer pode chegar a ser uma verdadeira crueldade.
Coloque essas regras em prática de forma assertiva e constante para que seu filho possa aplicá-las em casa e em seus vínculos em geral, conseguindo uma convivência harmoniosa com aqueles que o rodeiam.
Fonte: Familia.com.br